sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sobre e mails com mensagens de motivação


Recebo e envio frequentemente mensagens de motivação - carinho no formato de e mails. Como é prazeroso! Lembrâmo-nos com gratidão daquele que pensou em nós ao enviar a mensagem...Hoje quero abordar o que realmente é apreendido da leitura desses e mails.
Frente a uma mensagem de motivação que nos agrada, nosso primeiro pensamento é repassá-la para os amigos: "acho que Fulano está precisando ler isso", "faria bem para Sicrano", "Beltrano gostará disso"... Mensagens de motivação via e mail cumprem, nessa era de Internet, o papel dos antigos conselhos...aqueles mesmos pelos quais torcíamos o nariz; agora, com uma roupagem nova: suas lindas mensagens e sons não trazem a seriedade e o desconforto de um puxão de orelhas dado tête-à-tête...
Terminada a leitura, até que nos emocionamos, pois parece que alí há sempre uma verdade; porém, nosso primeiro impulso é encaminhá-la com a mesma rapidez irrefletida com que abriremos outra...Embutido nesse gesto encontram-se os desejos pelo assenhorear-se do conhecimento fácil (algo parecido com o assistir dos telejornais...mas disto falarei em outra oportunidade...) e de mudar o outro e não a nós mesmos - porque é sempre mais fácil uma mudança externa...
Será que realmente paramos para refletir após a leitura de uma dessas mensagens? Considero de pouca valia ler a Bíblia, ensinamentos dos grandes mestres, tratados de Ética etc., se não nos dispusermos a apreender a essência do que é transmitido. A simples leitura de algo não se transforma em conhecimento pelo simples motivo de que a teoria não nos torna experientes! A impressão que fica - tanto para aquele que repassa as mensagens, quanto para quem as recebe - é a daquela velha frase: "Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço" . É bom pensarmos nisso (e isso vale pra mim também...).

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